sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Curupira celebra o rock!


13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock. Essa data se deu em função da realização do festival Live Aid, organizado, na mesma data, em 1985, por Bob Geldof – ex-líder da banda punk Boomtown Rats, e protagonista do filme The Wall, de Allan Parker. O festival, que pretendia arrecadar fundos para as criancinhas da África, acabou se tornando um fenômeno de massas, vendendo vários budgets e enriquecendo seus organizadores. Apesar de ser, para muitos, uma piada e um típico exemplo de demagogia, cinismo e mercantilismo perpetrado pelas grandes corporações e pelos países ricos ocidentais, o evento se tornou um marco. Por isso a criação da data. O rock n roll, desde os seus primórdios, sempre foi considerado um veículo fora da lei. Desde o rebolado de Elvis, passando pela psicodelia do Pink Floyd, luxúria satânica dos Stones, até chegar ao comedor de morcegos Ozzy Osborne, o rock se posicionou como um porta-voz dos anseios da juventude ocidental do pós-guerra. Por mais que hoje a coisa esteja diluída e o choque cultural tenha sido amortecido, o estilo mudou o mundo. Boa parte dos questionamentos comportamentais que vemos hoje em dia, como a emancipação sexual, novos modelos de família e a evolução de minorias oprimidas não seriam possíveis sem um dedo desse senhor grisalho e descabelado. O rock n’ roll não é apenas música ou um estilo que você compra no supermercado da esquina: é um modo ser e enxergar o mundo. Os estudantes das barricadas do maio de 68, nos protestos contra a guerra no Vietnã e outros lugares usaram a música revolucionária como um mote e trilha sonora para suas ações. O rock é o combustível de corações e mentes mundo afora. É um dos grandes acontecimentos do século XX, assim como A 2ª Guerra Mundial e a viagem do homem à Lua. É pedaço da história da Civilização Ocidental. O Curupira se propõe a ser um espaço para a música extrema. Mas como o metal é o filho bastardo e funesto do rock- assim como esse é o filho maldito de vários pais como o blues, country, R&B etc. Sem o rock não existiria metal. Portanto, é impossível não fazer uma homenagem. TODO DIA É DIA DE ROCK!!! Ou, como diriam os Mutantes: “Posso perder minha mulher, minha mãe, desde que eu tenha o ROCK AND ROLL!” Para não perder o costume de ser profano, o Curupira escolheu um representante do rock maldito contemporâneo para ilustrar musicalmente este post. Se o som agradar, podemos mandar uma resenha dos caras, é só pedir!



Ghost (Live At Hellfest) França, 2011

Um comentário:

  1. Manda a resenha! (em tempo: acompanho pouco o blog - vou inclui-lo em minhas leituras diárias - mas gostaria de parabeniza-los, material vasto e relevante e muito bem escrito. bom trabalho e continuem sentano a bota!

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